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25/11/2020

OS DESAFIOS DA APRENDIZAGEM: AUTISMO E ESPECTO ASPERGER, SÍNDROME DE DOWN E TDAH

O desenvolvimento humano, por mais que tentamos ter controle, se mostra como uma caixinha de surpresa quando pensamos em crianças Autistas ou espectro Asperger, Síndrome de Down ou Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

A seguir vamos apresentar que é possível entender cada vez melhor e buscar estratégias que minimizem ou neutralizem tais desafios.

 

TDAH

 

O TDAH é um transtorno neurobiológico e de causas genéticas. Ele aparece na fase infantil e pode durar até a vida adulta. Quando não é devidamente tratado, o TDAH pode abrir portas para comorbidades, como o TOD (Transtorno Opositivo Desafiador).

Outra consequência é que o TDAH na juventude está associado a um número considerável de evasão escolar, abuso de bebidas alcoólicas e outras drogas. Além disso, com o desempenho escolar prejudicado, a pessoa tende a não atingir as expectativas das notas dos exercícios.

As características do TDAH são inquietude, desatenção e comportamentos de impulsividade. Isso em se tratando de meninos (que respondem pela maioria). Já em meninas, o transtorno é mais notado pela apatia e consequente introspecção.

 

Problemas de aprendizagem

Já os problemas de aprendizagem estão relacionados à dificuldade do aluno com alguma função na vida escolar. Mas é importante salientar que isso não é causado pelo aspecto da educação, como alguém que tenha dificuldade de resolver aquela operação matemática. É bem diferente.

Esses problemas de aprendizagem têm causas na atividade cerebral e são, erroneamente, minimizadas por muitos profissionais da educação. Alguns deles são bem conhecidos, tamanho o destaque que muitos veículos de comunicação têm dado a cada um deles. A criação de blogs pessoais, especialistas e portais favorece muito a divulgação de informações. Veja os principais abaixo.

– Disgrafia: dificuldade na escrita que engloba também erros de ortografia e outras situações como troca e omissão de letras.

– Discalculia: dificuldade de cálculos que impede o aluno de realizar operações matemáticas e identificar a função dos sinais.

– Dislexia: dificuldade consideravelmente comum em que as pessoas não conseguem realizar uma leitura.

– Dislalia: dificuldade na fala caracterizada também por alterações da formação normal dos chamados órgãos fonadores, o que impede a criação de determinados sons.

 

Tratamento – problemas de aprendizagem

Os casos que envolvem problemas de aprendizagem devem ser avaliados de perto por profissionais da saúde. Entretanto, a presença dos professores é indispensável para orientar o aluno e levá-lo a um progresso bastante considerável.

Vale lembrar que o profissional da educação é um importante aliado na identificação desses casos, pois ele pode analisar o desempenho dos alunos e, assim, comunicar aos pais sobre a situação de seus filhos.

(Saiba mais no portal Instituto Neurosaber: https://bityli.com/gnYBz)

 

 

SÍNDROME DE DOWN

 

Crianças com síndrome de Down não estão simplesmente atrasadas no seu desenvolvimento ou meramente com a necessidade de programas facilitados. Elas têm um perfil de aprendizagem específico com características fortes e fracas.

Estar ciente dos fatores que facilitam e dos que inibem a aprendizagem permitirá à equipe planejar e implementar atividades significativas e relevantes. Isto não significa que todas as crianças com síndrome de Down terão as mesmas dificuldades ou facilidades em relação a aprendizagem.

 

Fatores que facilitam a aprendizagem

Forte consciência visual e habilidades de aprendizagem visual, incluindo as capacidades de:

• Aprender e usar sinais, gestos e apoio visual;

• Copiar o comportamento e as atitudes de colegas e adultos;

• Aprender com atividades práticas.

 

Fatores que inibem a aprendizagem

Cada um dos fatores inibidores requerem o uso de estratégias que os minimizem ou neutralizem, garantindo as condições para a aprendizagem do aluno. Muitas dessas estratégias têm sido descritas em diferentes contextos como facilitadoras da aprendizagem também de crianças sem deficiência. São elas:

 

A Deficiência visual

Apesar de crianças com síndrome de Down geralmente serem ótimas aprendizes visuais, muitas têm algum tipo de deficiência visual. Embora aproximadamente 70% precisem usar óculos antes de sete anos, os problemas visuais frequentemente passam despercebidos, visto que qualquer dificuldade na aprendizagem ou no comportamento geralmente é tida como consequência da deficiência.

Estratégia

Para as crianças com síndrome de Down, de uma forma geral, sugerimos:

-Encoraje os pais a realizarem os exames anuais de acuidade visual nos seus filhos e providenciem óculos adequados quando necessário.

– Ofereça figuras e texto impresso maiores.

– Garanta que todos os materiais na escola tenham alto contraste e visibilidade. Você pode perceber que a criança responde melhor quando visualiza texto escrito a tinta preta de caneta do que a texto em lápis ou papel amarelo e não branco.

 

B. Deficiência auditiva

Muitas crianças pequenas com síndrome de Down experimentam alguma perda auditiva, especialmente nos primeiros anos. Até 75% delas podem ter uma perda auditiva e 50 a 70% desenvolvem otite de repetição devido ao acúmulo de fluído no ouvido médio causada por infecções frequentes no trato respiratório superior. Isso geralmente ocorre como resultado de um seno ou canais auditivos menores do que o normal. É particularmente importante checar a audição da criança, já que isso afetará o desenvolvimento da linguagem e da fala. Assim como no caso da acuidade visual, as Diretrizes de Atenção à pessoas com síndrome de Down do Ministério da Saúde indicam a necessidade de avaliação de acuidade auditiva anual.

Estratégias:

– Coloque a criança perto do adulto num trabalho de grupo.

– Fale diretamente à criança.

– Acentue o início e o final das frases.

– Reforce a fala com expressões faciais, sinais ou gestos.

– Reforce a fala com apoio visual – imagens impressas, fotos, materiais concretos.

 

C. Atraso nas habilidades motoras grossas e finas

Devido à hipotonia (baixo tônus muscular), crianças com síndrome de Down em geral apresentam atraso no alcance dos marcos de desenvolvimento motor. Além disso, pessoas com síndrome de Down apresentam ligamentos frouxos, o que significa que muitas possuem alta flexibilidade e grande variação de movimentos. A junção do polegar pode ser especialmente flexível. Isso, combinado com o baixo tônus nos dedos e no pulso, assim como dedos menores e de menor fricção, pode atrapalhar a aquisição das habilidades escritas.

Estratégia:

– Certifique-se de que ao sentar-se o aluno possa descansar os pés numa superfície sólida, isto é, o chão ou um descanso.

– Use uma prancha inclinada para ela escrever ou coloque um livro para permitir que a criança sente com a postura reta e possa fazer pressão no papel para a escrita.

– Providencie prática extra. Todas as habilidades motoras melhoram com a prática.

– Use atividades variadas e materiais multissensoriais.

– Encoraje exercícios manuais para aumentar a consciência corporal – abrir/fechar/esfregar as mãos, bater o polegar com os outros dedos, etc.

 

D. Dificuldades de fala e linguagem

A maioria das crianças com síndrome de Down apresenta algum grau de deficiência na fala e na linguagem. A maior parte começará a falar após os três anos. No entanto, quase todas conseguem se comunicar extremamente bem desde cedo com muito pouco ou nenhum uso da linguagem falada, fazendo uso de sinais, gestos e linguagem corporal. Essas dificuldades na fala resultam normalmente em mais baixa interação e num vocabulário menor e menos conhecimento geral, causando atraso em outros aspectos do desenvolvimento cognitivo.

Estratégia:

Dê tempo à criança para ela processar a linguagem e responder – tente deixar pelo menos cinco segundos para a resposta – você ficará surpreso com o quanto a criança reteve!

– Ouça cuidadosamente – seu ouvido se ajustará.

– Garanta contato cara a cara e olhando direto nos olhos.

– Use linguagem simples e familiar, e frases curtas e concisas.

– Verifique a compreensão – peça à criança que repita as instruções.

– Evite vocabulário ambíguo.

(Saiba mais no Portal Movimento Down: https://bityli.com/8AgFV)

 

AUTISMO E ESPECTRO ASPERGER

 

São diversas as características comportamentais que podem ser apresentadas por autistas, tais como: distúrbios do relacionamento, distúrbios da fala e linguagem, distúrbios no ritmo de

desenvolvimento, distúrbios da motilidade e distúrbio da percepção. A irritabilidade também é habitual e comumente é desencadeada pela dificuldade de expressão ou pela interferência nos rituais e rotinas próprias do indivíduo. O autista também pode desenvolver medos intensos que desenvolvem fobias.

Devido as características do autismo se faz necessário que pais e educadores tenha demasiada paciência e compreensão com o autista para que ele consiga aprender, pois ele pode apresentar um olhar distante e não atender ao chamado e até mesmo demorar muito para aprender determinada lição.

Devido as características do autismo se faz necessário que pais e educadores tenha demasiada paciência e compreensão com o autista para que ele consiga aprender, pois ele pode apresentar um olhar distante e não atender ao chamado e até mesmo demorar muito para aprender determinada lição. Mas nada disso acontece porque a criança é desinteressada e sim porque o autismo compromete e retarda o processo de aprendizagem.

(Saiba mais no portal Pedagogia.com)